Para falarmos bem sobre inclusão social, devemos falar sobre
diferenças. Ninguém é igual a ninguém, porque cada pessoa possui suas próprias
necessidades. Mas o que difere a necessidade de uma pessoa e de outra? Por que
em grande parte das vezes alguns pedidos são atendidos e outros ignorados?
Talvez nossa sociedade ainda esteja sendo muito levada pelas aparências…
A inclusão social foi conquistada aos poucos ao redor do
mundo. Antigamente era comum que crianças com deficiência fossem mortas por
nascerem deficientes. A homossexualidade e as etnias também são alguns dos assuntos
que surgem quando desejamos falar sobre inclusão.
A verdadeira inclusão social deve começar na família. Aqueles
que convivem com a pessoa que possui deficiência e/ou sofre de preconceitos
devem incluí-la em casa, inicialmente. Desta forma, a base dessa pessoa já está
lhe apoiando, e isso é muito importante.
Pessoas com deficiência não são incapazes de nada, apenas
possuem uma deficiência. Isso preciso ser absorvido por grande parte da
sociedade, para que a inclusão possa acontecer de forma eficaz. A verdadeira
inclusão social é criada com base no respeito, no acreditar no outro e no amor.
A verdade é que todos precisamos
aprender a nos adaptar às diferenças.
Todos nós devemos dar
as mãos, a fim de melhorar as coisas para todo mundo. Devemos procurar todos os
meios possíveis de ajudar na inclusão social de pessoas que precisam ser
incluídas.
Seja na escola, no trabalho, na igreja,
na praça pública ou em qualquer lugar, não importa qual seja a diferença, ela
deve ser acolhida e respeitada. Um aluno deficiente é capaz de aprender, basta
ter um profissional que o ensine. O mesmo ocorre no ambiente de trabalho: basta
ter alguém para dar suporte quando necessário.
Não é a pessoa que sofre a exclusão que
deve se adaptar, e, sim, a sociedade que a exclui que deve aprender a aceitar,
respeitar, criar empatia etc. Por isso, quando o assunto é inclusão social, a
camisa deve ser de todos, não de uma só pessoa.
Nós temos muitos recursos a favor da
inclusão social. O governo também atua nas campanhas de inclusão, assim como as
áreas dos esportes, além de escolas, ambientes de trabalho etc. O grande
problema é a mente das pessoas! Por mais que a sociedade esteja sempre tentando
melhorar e se adaptar para ajudar, muito preconceito ainda é sentido.
Às vezes, as pessoas não falam nada quando deparam com as
diferenças, porém o semblante muda, o diálogo é preconceituoso ou nem acontece
e diversos outros fatores acontecem. E é justamente nesse ponto que é preciso
haver mudanças!
Muito já foi alcançado com algumas campanhas: adaptação de
ambientes, abertura do mercado de trabalho, abertura escolar etc. Esse é um
caminhar básico, mas com persistência todos iremos gradualmente aprender a
respeitar cada vez mais as diferenças, incluindo outras pessoas.
Práticas de inclusão
Antes de falarmos das práticas que já deram certo para essa
ação, queremos pedir você sempre se atente às suas atitudes. Quando encontrar
algum deficiente, homossexual, negro ou qualquer minoria que sofre
preconceitos, pare e repense.
Tenha cautela ao dirigir a palavra, tente não fingir que
essas pessoas não existem e foque ao máximo em trabalhar a inclusão social
dentro de você. O que te faz melhor do que essas pessoas? Por que você merece
viver livre e ser quem é e elas não merecem o mesmo? Se fizer essa revisão
consigo mesmo, já será um grande passo para ajudar o mundo.
Pois bem, em se tratando de práticas de sucesso, um grande
marco foi definido pela ONU em 1994. No evento “Conferência Mundial de
Necessidades Educacionais e Especiais: acesso e qualidade”, foi declarado que
todas as escolas deveriam incluir as crianças com deficiência física, mental ou
emocional.
No Brasil, essa declaração faz parte da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional do ano de 1996. Pouco tempo depois, segundo o
Ministério da Educação, as matrículas de alunos com deficiência aumentaram em
cerca de 35% nas escolas do nosso país, entre 2002 e 2006.
Em conclusão, a verdadeira inclusão social ainda está
caminhando. Os avanços são muitos, mas ainda temos muito a fazer, não é mesmo?
Inclusão social através da arte da dança
Projeto Pérolas – A arte da dança gerando
autoestima e
autoconhecimento
O objetivo do projeto é fazer com que estas jovens possam
desenvolver suas capacidades e habilidades físicas, além de funcionais,
necessárias para seu desenvolvimento biopsicossocial o que contribui, sem
dúvida, para a inclusão dessas meninas na sociedade.
Na dança, o corpo é um veículo de expressão e sentimentos,
através dela podemos mostrar a capacidade criativa, motora e emocional de uma
pessoa. Nesse projeto, pudemos mostrar não só as possibilidades de cada uma,
mas de todo um grupo. A força e o empenho desse grupo demonstra cada vez mais o
poder transformador da arte.
Em sala de aula a metodologia é mais lúdica, conscientizando
a aluna na parte visual e auditiva. Já a parte técnica é feita em forma de
coreografia, que nada mais é do que a repetição dos movimentos, sem perder de
vista a importância de se manter a descontração no ambiente para que exista
absorção do aprendizado de maneira prazerosa. As aulas têm duração de uma hora
e são aplicadas uma vez por semana, além disso, as mães aproveitam este tempo
para trocar experiências entre si, gerando não só uma atividade prazerosa para
as meninas, mas também um momento de descontração para as mães.
Os resultados são incontestáveis! Através da dança elas
passam a ter consciência do próprio corpo, desenvolvem sua criatividade e
sociabilidade e trabalham a autoestima. Além disso, o Projeto participa de
várias apresentações de dança, em diversos eventos, com o intuito de mostrar
que é possível se desenvolver um trabalho efetivo não só em sala de aula, mas
também em um contexto mais amplo.
A arte da dança do
ventre é apenas uma das tantas formas artísticas que podem ser desenvolvidas para
a inclusão social e o bem-estar dessas pessoas.
A ideia é que esse projeto inspire outros profissionais
envolvidos com Arte e que eles possam enxergar nisso mais do que uma
oportunidade, mas sim a possibilidade de atuar ativamente no desenvolvimento do
ser humano, abrindo espaço primeiro em seus corações e trazendo essa alegria
para dentro de suas escolas.
Escrito por: Julia Almeida da equipe EuSemFronteiras
Figura Todos Nós Juntos
A verdadeira Inclusão Social
Inclusão Social Através da Arte da Dança
Autora: Nira Lucchesi
Bailarina, professora e coreógrafa iniciou na dança do ventre
em 1997 com a professora Salua Cardi. Em 2002, começou a ministrar aulas de
dança no Espaço Artístico Salua Cardi. Já em julho de 2003 construiu o seu
próprio espaço de dança, hoje chamado Espaço Allah Maak de danças árabes, mas
apenas em 2007 que iniciou o seu trabalho como coreógrafa em concursos de
dança.
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